Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB) discutiu seu futuro à frente do programa “Brasil Urgente” e seu contrato com a Band. Tentando a carreira política pela quinta vez, após quatro desistências consecutivas, Datena explicou que poderá retornar ao canal caso não tenha sucesso nas urnas.
Em entrevista à sabatina promovida pela Folha de S. Paulo e o portal UOL, o apresentador falou sobre sua relação com a família Saad. Recentemente, ele sofreu mais uma redução salarial, mas atendeu ao pedido para continuar diariamente chegando à casa dos telespectadores.
“A Band me procurou, porque todas as emissoras estão em crise terrível. Falaram que queriam, pela 15ª vez, reduzir em R$ 100, R$ 150 mil o meu salário. Pedi para reduzir em 70%, assim não tem sacanagem de perguntarem se estou usando a política para renovar contrato”, alfinetou.
Afastado da emissora devido ao período eleitoral, Datena explicou que seu contrato se encerrará em breve: “Agora em dezembro encerrarei [o vínculo]. É uma questão pragmática, não têm dinheiro para pagar e eu não preciso de tanta grana para viver.”
“Não é dinheiro público que vai me sustentar. Longe de ser rico. Perto de outros apresentadores, eu sou de classe média”, refletiu. “Se eu não for eleito, tenho acordo com a Band para trabalhar mais dois anos com redução de 70% de salário. Foi a Band quem quis, por mim meu contrato encerrava e eu parava ou iria para outra emissora, quem sabe ganhando esses milhões que duvido que a TV vá pagar”, finalizou.
Saiba mais:
O apresentador José Luiz Datena (PSDB) afirmou que será candidato à Prefeitura de São Paulo, mas avisou que desistirá novamente se for “sacaneado” por políticos. Ele fez essa declaração durante uma sabatina promovida pelo UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo.
O que Datena disse
“Fui sacaneado e larguei no meio do caminho”, disse o pré-candidato pelo PSDB. Em ao menos quatro eleições, Datena surgiu como pré-candidato, porém nunca confirmou sua candidatura. “Eu não confio na palavra de político. Quando o político me sacaneia, como me sacanearam em todas as outras oportunidades —e não cabe lembrar por quê—, eu larguei esses caras no meio do caminho.”
A minha desconfiança com político é total. Até que eu faça parte do meio político e passe a ter confiança dos políticos de uma forma geral, eu vou continuar na expectativa de ser ou não ser. Eis a questão. Se alguém me sacanear de hoje até a eleição, vai ficar no meio do caminho também.